A começar pelo nome, a direção elétrica e a hidráulica são mesmo diferentes. Você sabe quais são as peculiaridades de cada uma?
Basicamente, o que difere a direção elétrica da hidráulica é a forma como cada sistema opera quando esterçado. Ou seja, qual a força necessária e de que forma tal força é empenhada para manobra.
Direção Hidráulica
No caso da direção hidráulica, há uma bomba hidráulica que usa o próprio motor do carro para exercer pressão em um fluido. Este, por sua vez, é forçado a se mover para o lado que recebe a maior pressão.
De acordo com o Webmotors, o Chrysler Imperial foi primeiro automóvel a contar com esse tipo de sistema, lá em 1951. Na época, com um mecanismo batizado de ?Hydraguide?.
Apesar de seu preço ser mais acessível, o sistema rouba energia do motor: a bomba depende do funcionamento do motor e, assim absorve de 1 a 3 cavalos.
Ocupar um espaço relativamente grande na área do cofre é outra das algumas características que fazem com que o sistema perca cada vez mais a preferência do consumidor.
Além disso, o sistema hidráulico contém mangueiras e bomba que o elétrico não apresenta. Isso o torna mais suscetível a vazamentos e outros tipos de problemas que necessitam de manutenção.
Direção Elétrica
Aqui, o sistema do funcionamento é relativamente mais simples se comparado ao hidráulico: em substituição à bomba, fiação e mangueiras, o sistema é composto apenas por um módulo computadorizado posicionado na coluna da direção.
O dispositivo analisa o movimento a ser realizado e a força necessária para que se concretize, com base nas informações do motor elétrico.
Quase quarenta anos mais novo, entrou em uso em 1988 no Suzuki Cervo. Com o avanço da tecnologia, o sistema permite hoje que sejam agregados sistemas de estacionamento automático, manutenção da faixa nas vias e direção semiautônoma.
Na prática, o sistema consegue mover o volante sem a ação do motorista, conforme pontua a revista Quatro Rodas.
Mais importante ainda, a direção elétrica torna o veículo mais econômico, pois não depende do motor. Estima-se que auxilia em até 5% na redução do consumo.
Já no caso de uma falha ou manutenção, a tecnologia apresenta seu (elevado) preço.
Em ambos os casos, a diferença de força na hora da baliza é grande. Para se ter um exemplo, enquanto a direção mecânica demanda uma força de 11,5 kg para a manobra, o sistema hidráulico precisa de 3,5 kg e o elétrico apenas 3 kg. Veja mais neste vídeo do Auto Esporte.
Direção eletro-hidráulica
Mas não há apenas essas duas opções para o consumidor.
Além da direção mecânica, claro, há no mercado de Quadro Rodas a opção de direção eletro-hidráulica, bastante similar à hidráulica.
A diferença é que quem aciona a bomba hidráulica não é o motor do carro (portanto, preservando os cavalos), mas um motor elétrico independente. A desvantagem é que a manutenção é a mesma do sistema hidráulico.
Fonte: https://cpfabbri.com.br/